Diálogos e apresentações

A festa estava até que boa. Bem bacana, pra dizer a verdade. Quis dar um pulo lá fora para beber algo e tomar um ar
.
A noite era bem das agradáveis, quente, mas que ventava. Debrucei-me na mureta e tomei meu drinque. Curtia o momento, como dizem.

Não passara muito tempo e saiu da casa também um camarada. Não o conhecia, mas naquela noite todos eram camaradas de todos. Meio tonto por causa da bebida que ele já havia tomado, se aproximou de mim e também se debruçou na mureta.

- E aí? começou ele o diálogo.
- E aí? continuei.
- Bacana a festa, né? Qual é o seu nome?
- Fabio.
- Oi, Fabio! O meu é Diego. Você faz o quê?
- Bom, eu sou jornalista, mas também toco bateria.
- Bacana. Eu sou estudante. Qual é o seu nome mesmo?
- É Fabio. Você estuda o que?
- Prazer, eu sou o Diego. Então, eu estudo publicidade.
- Legal, eu trabalho com publicidade.
- Da hora, cara. Putz, qual é o seu nome mesmo?
- Fabio. Vou ver se consigo entrar na área de jornalismo de moda, agora.
- Prazer, eu sou o Diego. Você mora onde?
- Mogi. Mas acredito que em breve eu venha pra São Paulo.
- Legal, aqui é bacana. Cara, qual é o seu nome mesmo?
- Roberto.
- Legal, Roberto. Eu vou entrar lá pra ver se encontro minhas amigas. Prazer te conhecer, eu sou o Diego.
- Falou.

O mais estranho é que para eu escrever essa crônica eu tive de inventar o nome para o rapaz, pois eu já não me lembro mais.